quinta-feira, 26 de março de 2009

Cassol nega reposição salarial aos servidores e diz que a culpa é da crise mundial


Cassol sequer aceitou discutir pessoalmente a questão do reajuste. Mandou seu chefe da Casa Civil, Odacir Odacir Soares, sentar com sindicalistas, e avisou: não tem aumento nenhum.


Sem nenhum poder de decisão, coube ao enfraquecido Odacir Soares apenas transmitir o recado do governador Ivo Cassol aos sindicalistas: não haverá nenhuma reposição salarial.

Em reunião com líderes sindicais representantes das categorias de funcionários públicos estaduais, na manhã desta quinta-feira, o secretário Chefe da Casa Civil, Odacir Soares, disse que, por ordem do governador Ivo Cassol, os servidores não terão qualquer reajuste salarial. O principal motivo alegado, para espanto de todos, é a crise econômica internacional. Participaram da reunião os presidente do Sintero (Educação), Sindifisco (grupo fisco), Sinsempro (Ministério Público), Simporo (motoristas), Sinsdet (Detran), Sinsepol (Polícia Civil), e diretores do Sinjur (Poder Judiciário) e Sindsaúde (servidores da saúde). O secretário Odacir Soares disse que fez um levantamento e concluiu que o impacto de uma reposição salarial de 10% seria de poço mais de 7 milhões e 900 mil reais por mês na folha de pagamento. De posse dos dados conversou com o governador Ivo Cassol que determinou que não haverá reposição salarial alegando que o Estado não tem como arcar com os custos e que a administração está preocupada com os gastos. O Chefe da Casa Civil ficou sem argumento quando os sindicalistas relataram a quantidade de cargos comissionados criados pelo governo, os aumentos dos gastos com CDS e os constantes recordes de arrecadação. O Estado pode comprometer até 49% das receitas com folha de pagamento, mas hoje esse índice não passa de 33%. Para os sindicalistas a resposta do governo de não conceder reajuste para não criar gastos é contraditória com o que vem ocorrendo na administração, pois, enquanto alega que não pode repor perdas salariais, o governo cria secretaria com toda a sua estrutura, cria novos cargos comissionados, aumenta os já existentes, e anuncia que a economia do Estado está crescendo. Logo no início deste ano o governo enviou à Assembléia Legislativa mensagens pedindo a suplementação orçamentária em mais de R$ 52 milhões, o que significa que a arrecadação do Estado, já no início do ano, supera a estimativa do orçamento aprovado pela Assembléia Legislativa. A presidente do Sintero, Claudir Mata, questionou, ainda, o destino dos R$ 60 milhões que a Assembléia Legislativa anuncia ter economizado e devolvido ao governo. “Os sindicatos estão abertos à negociação. O governo precisa definir se a prioridade é beneficiar os cargos comissionados e criar novas despesas, ou valorizar o funcionalismo público. Agora, dizer que a crise mundial afetou os cofres do governo, é subestimar a inteligência do povo de Rondônia”, disse Claudir. Para os presidentes do Sinsempro, do Simporo e do Sinsepol, praticamente não houve audiência, pois o secretário Chefe da Casa Civil simplesmente deu a notícia de que o governo não vai conceder reajuste salarial. “Isso não é negociação. Isso não é diálogo.Depois não venha o governo dizer que os sindicatos são intransigentes. Quem não está negociando é o governo”, disse Antônio Belarmino, presidente do Sindicato dos Servidores do Ministério Público. Os representantes dos sindicatos estão unidos em torno da reivindicação dos servidores públicos estaduais e já traçam estratégias para combater a intransigência do governo. O início será a mobilização dos funcionários públicos para um grande ato público, no dia 1º de abril, para um ato público em frente ao Palácio do Governo, a partir das 09 horas.

Fonte: tudorondonia.com


Funcionário Público Estadual é o Primeiro Filiado Digital do PT de Porto Velho


Hoje (26/03) foi realizada a primeira filiação através do SisFil, sistema informatizado de filiados do PT. É o Funcionário Público Estadual Humberto Barbosa e Souza, de 44 anos, ele vai militar no setorial Comunitário.
Humberto Compareceu pessoalmente na sede do PT onde fez seu Cadastro Nacional de Filiados.
Parabéns, Humberto. Seja bem vindo.
Fonte: Comunicação DM

quinta-feira, 19 de março de 2009

Mais um abuso do Governo Cassol: Professores estaduais forçados a trabalhar gratuitamente no sábado

A Seduc chegou a anunciar com vasta propaganda que o atraso do ano letivo não seria prejudicial, mas se vê obrigada a admitir o erro e quer descontar falta de planejamento nos professores.

Os professores da rede estadual de Rondônia são vítimas de mais uma forma de abuso de poder por parte da Secretaria de Estado da Educação. Na tentativa de camuflar os prejuízos causados pela alteração do calendário escolar, a Seduc está forçando o trabalho gratuito aos sábados, e ainda obriga os professores a assinarem uma ata e a registrarem em cartório, declarando o sábado letivo como trabalho voluntário. Ao impor aulas aos sábados, a Seduc admite que é impossível terminar o ano letivo em 2009 se for seguido o novo calendário aprovado pelos deputados estaduais e implantado pelo governo. Desde dezembro, quando o novo calendário foi anunciado, o Sintero vem denunciando o erro e exigindo a correção. O sindicato chegou a propor a redução do atraso, iniciando as aulas em meados de fevereiro, o que amenizaria o prejuízo. Porém, a Seduc não deu ouvidos e os deputados estaduais sequer aceitaram discutir o assunto. Da forma como foi aprovado o calendário de 2009, o início das aulas atrasou em um mês, praticamente acabando com o recesso obrigatório do meio do ano, e estendendo o ano letivo de 2009 até meados de 2010. A Seduc chegou a anunciar com vasta propaganda oficial que o atraso do ano letivo não seria prejudicial. Mas agora se vê obrigada a admitir o erro. No entanto, quer descontar a sua falta de planejamento nos professores. Para a direção do Sintero essa atitude é abuso do poder por parte da Seduc. “Os professores não podem aceitar esta imposição nem se submeter a esse abuso”, disse Claudir Mata, presidente do Sintero. Ela destacou que os professores não podem ser penalizados pelos erros e pela falta de planejamento da Seduc. “Não foi por falta de denúncias, de avisos e de reclamações. A Seduc sabia que é impossível atrasar o início das aulas sem atrasar o encerramento do ano letivo. Agora quer que os professores trabalhem de graça. Isso a categoria não pode aceitar”, finalizou.
Fonte: tudorondonia.com